Um porta-voz do governo da Indonésia confirmou a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso, de 53 anos, condenado à morte por tráfico de drogas. O fuzilamento ocorreu às 15h30 (horário de Brasília), junto a outros cinco condenados.
A ação ocorreu no complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap (400 km de Jacarta), à 0h30 no horário asiático. De acordo com informações do porta-voz da Procuradoria-Geral da Indonésia, Tony Spontana, doze policiais se postaram na frente do brasileiro e os outros quatro e, após sinal do líder, dispararam.
Nem todas as armas estavam carregadas. Isto ocorre para que os atiradores não saibam qual fuzil seja o responsável pelo tiro fatal.
Conforme informou , Marco esteve por cerca de uma hora com o advogado, com uma tia e com funcionários da Embaixada do Brasil em Jacarta. A tia de Archer levou doce de leite e mel para o sobrinho antes da execução e chorou muito depois do fuzilamento.
Archer trabalhava como instrutor de voo livre e foi preso em agosto de 2003, quando tentou entrar na Indonésia, pelo aeroporto de Jacarta, com 13,4 quilos de cocaína escondidos em uma asa-delta desmontada em sete bagagens. Ele conseguiu fugir do aeroporto, mas foi localizado, após duas semanas, na ilha de Sumbawa.
O instrutor confessou o crime e disse que recebeu US$ 10 mil para transportar a cocaína de Lima, no Peru, até Jacarta. No ano seguinte, foi condenado à morte.
Ontem, o presidente indonésio, Joko Widodo, negou pedido de clemência feito pela presidente Dilma Rousseff. O presidente Lula já havia enviado duas cartas pedindo clemência durante seu governo, enquanto Dilma enviou quatro.
Fonte: O POVO ONLINE