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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Apuarema: Esquema de ex-prefeita e filho desviou R$ 215 mil da educação


  • O esquema de desvio de dinheiro público que vigorou entre 2015 e 2016, em Apuarema, no Sul da Bahia, e era comandado pela ex-prefeita Josilene Barreto Ribeiro, a “Lene”, do PR, e o jovem Iago Barreto Novaes, 24 anos, ex-secretário de Administração e filho dela, causou aos cofres públicos um prejuízo de R$ 215 mil, desviado do Ministério da Educação. A informação é da Polícia Federal, que realizou nesta quinta-feira (21) uma operação na cidade de 7.730 habitantes.


    Ex-prefeita de Apuarema, Lene Ribeiro (Foto: Apuarema em Foco)


    O esquema de desvio de dinheiro público que vigorou entre 2015 e 2016, em Apuarema, no Sul da Bahia, e era comandado pela ex-prefeita Josilene Barreto Ribeiro, a “Lene”, do PR, e o jovem Iago Barreto Novaes, 24 anos, ex-secretário de Administração e filho dela, causou aos cofres públicos um prejuízo de R$ 215 mil, desviado do Ministério da Educação. A informação é da Polícia Federal, que realizou nesta quinta-feira (21) uma operação na cidade de 7.730 habitantes.

    Em Apuarema foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para depoimento. Lene estava entre os conduzidos e, segundo a PF, ela ficou calada durante o interrogatório. Os outros conduzidos são ex-funcionários da prefeitura que foram, segundo a polícia, aliciados para participarem do esquema.

    A PF informou que Iago Barreto Novaes, também na lista para ser conduzido, não estava na cidade, mas que foi contatado e se comprometeu a comparecer na delegacia da Polícia Federal, em Vitória da Conquista, sudoeste do estado. O CORREIO não conseguiu contato com Lene, nem com o advogado dela.

    Segundo o delegado federal Rodrigo Kolbe, no esquema de Apuarema, servidores públicos municipais ligados à área da educação eram contratados formalmente por salários muito superiores à complexidade da atividade desempenhada.

    Para realizar os desvios, os valores pagos eram abaixo do registrado na folha salarial, como foi o caso do zelador que recebia R$ 300 da prefeitura, mas de na folha de pagamento constava pagamento de R$ 2.860. “Pessoas que não tinham ensino fundamental eram coordenadores de educação”, disse Kolbe. Outros fatos que chamaram a atenção na investigação foi um funcionário ter sido exonerado do cargo sem antes ser contratado e outro morar em São Paulo.

    Os valores, em vez de serem depositados diretamente nas contas bancárias dos servidores, eram colocados nas contas de outros funcionários aliciados. Estes, por sua vez, tinham a incumbência de sacá-los e repassá-los à própria Lene ou a outros integrantes do esquema.

    Conforme a PF, os salários, ao invés de depositados diretamente nas contas bancárias dos funcionários públicos, eram depositados nas contas de outros servidores previamente aliciados, os quais tinham a missão de sacar e repassar o dinheiro à própria ex-prefeita ou a outros integrantes do esquema criminoso.

    Durante a manhã desta quinta-feira, foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva em Apuarema. Conforme o delegado, todos os servidores interrogados confessaram que participavam do esquema.

    Documentos, celulares e dois carros foram apreendidos durante a ação. Ninguém foi preso. "A gente está hoje tentando buscar mais informações de outros envolvidos sobre a verdadeira extensão do esquema, porque, até então, nós tínhamos uma dimensão.

    Estamos buscando agora, através dessas diligências, buscar outros elementos que possam fortalecer o inquérito", falou o delegado.
    Fonte: CORREIO




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