Recebeu alta nesta sexta-feira (27) a filha de 12 anos do pastor Melquiades Santos Netto, conhecido como Netto Paz, ex-vocalista da banda Shalom. Ela foi baleada no ataque que matou o pai dela, na cidade de Ibirapitanga, no sul da Bahia, na noite da última quarta (25). A informação foi confirmada por parentes da vítima.
A adolescente foi atingida de raspão no peito e em um dos braços. Ela estava internada no Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, e deixou a unidade de saúde na companhia da avó.
A menina estava no carro com o pai, a mãe, a irmã mais nova, de sete anos, e um pastor do Pará, quando dois homens em um carro branco chegaram atirando. Sem anunciar assalto, os suspeitos não levaram nada das vítimas. Após os tiros, Netto Paz perdeu o controle do carro, que caiu em uma ribanceira.
A Polícia Civil suspeita que o pastor tenha sido vítima de execução. No carro dele há diversas marcas de tiros. Conforme o delegado que investiga o crime, Lane Andrade, a motivação e autoria ainda estão sendo investigadas, mas diante da ação dos atiradores, a polícia acredita que tenha sido execução. O delegado destacou ainda que, na hora do crime, os indivíduos pararam o veículo ao lado do carro da vítima e começaram a atirar.
O corpo do pastor foi sepultado sob forte comoção dos moradores de Ibirapitanga, onde ele vivia, na tarde de quinta-feira (26). O velório foi realizado na igreja quadrangular, onde ele atuava, e foi acompanhado por centenas de pessoas, que se comoveram com a morte. Os moradores vestiram branco e seguraram cartazes pedindo justiça.
Morte
O pastor Netto Paz morreu após ser baleado dentro do próprio carro, no entroncamento da cidade de Ibirapitanga. Também estavam no carro a outra filha dele, de sete anos, a mulher dele, Flávia Sampaio Oliveira, e um pastor que é natural do Pará.
Louane Silva Santana, amiga da família, contou que o crime ocorreu quando Netto chegava a Ibirapitanga depois de ter ido à cidade vizinha de Ubaitaba para comer acarajé com o pastor do outro estado.
"A gente nem consegue imaginar o motivo (da morte), porque ele era uma pessoa do bem que só pensava em ajudar. A gente não consegue ter ideia do que pode ter acontecido. Ele não tinha inimigos e era amado por todos", disse Louane.
Depois do ataque, policiais da Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), com sede em Ubaitaba, fizeram buscas na região, mas não conseguiram localizar os suspeitos.