A Bahia é o estado com o maior número de internações em decorrência de ferimentos causados por fogos de artifício, segundo levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina. As ocorrências chegam a dobrar no mês de junho.
De 2008 a 2017, 5063 pessoas em todo o Brasil foram internadas na rede pública de saúde após acidente com fogos e 114 morreram. Somente na Bahia, foram 1037 internamentos. Salvador é a cidade baiana com mais internações no período -- foram 686.
Os estados de São Paulo (962) e Minas Gerais (701) aparecem em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
O estudo feito pelo Conselho Federal de Medicina mostra que são registradas, em média, 40 internações por mês nas unidades públicas de saúde do país por causa de acidentes com fogos. Em junho, quando se tem a tradição de animar festas com fogos, o número médio de internações passa para 80.
"A grande maioria [das vitimas] fica com sequelas e mutilações definitivas, desde a perda de um dedo à perda da mão e do braço, surdez e até mesmo cegueira. Esse ano estamos preocupadíssimos porque tem uma variável nova, que é a Copa do Mundo e as pessoas constumam festejar a Copa com estampidos, com bombas, com fogos. Isso tende a duplicar esse cenário que já é trágico com as festas juninas", afirma o vioce-presidente do Conselho Federal de Medicina, Jecé Brandão.
O Conselho também faz outro alerta. "Uma vez acontecida a queimadura, a pessoa não pode fazer nada mais do que lavar generosamente com água até chegar ao ambulatório médico mais perto daquela localidade onde aconteceu o acidente".