Procurar atendimento no Sistema Público de saúde em Gandu é um martírio. A falta de atenção básica, demora em conseguir consulta, exames e horas e horas de espera resultam em casos extremos.
A situação fica ainda mais complicada, quando os pacientes passam a depender da Central de Regulação do Estado.
Elas acabam sofrendo com á espera por vagas na rede pública de saúde, exatamente pela falta de estrutura na unidade de saúde do município, principalmente em Gandu.
O drama é tanto que as pessoas chegam a morrem, sem a chance de um tratamento avançado.
Último caso
Glória Estefani Nunes da Silva, de 20 anos, morreu na manhã desta sexta-feira, (08), no Hospital João Batista de Assis, a família reclama que, além na demora do diagnóstico da jovem, a burocracia e também demora na regulação agravaram ainda mais a situação.
A informação é de que a paciente teria sido atendida três dias antes do óbito e, sem receber o diagnóstico médico, foi liberada, mandada pra casa e retornando na madrugada de hoje.
Segundo pessoas ligadas a família de Estefani, ela estaria sofrendo com um sério problema de edema pulmonar e seu nome só teria sido incluso na lista de regulação nesta sexta-feira. Sem suporte médico e tempo hábil para transferência, a jovem acabou falecendo.
De acordo com informações da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o processo é iniciado com a solicitação do médico que está atendendo o paciente. Em seguida, o médico, busca uma unidade com o perfil que possa atender a demanda do paciente. Após a identificação da unidade de atendimento adequado, a vaga é buscada, existindo, o paciente é transferido. Caso não exista a vaga, ela terá que aguardar em uma lista de espera.
A dificuldade na transferência de pacientes que necessitam de hospitais especializados, por meio de centrais estaduais de regulação na Bahia tem sido alvo de críticas severas, pois o governo do estado não tem prestado o suporte necessário para atender as demandas do município.