O movimento "anti-islamização" Pegida (sigla em alemão para "Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente") encontra cada vez mais resistência na Alemanha. Nesta segunda-feira (05/01), marchas contra o Pegida reuniram milhares de pessoas em diversas cidades da Alemanha.
Em protesto contra a xenofobia, o nacionalismo e a intolerância religiosa, importantes empresas como a Volkswagen e monumentos religiosos e turísticos desligaram suas luzes. E, além disso, as manifestações contra o Pegida renderam os primeiros resultados: em algumas cidades, ramificações do movimento desistiram ou abandonaram suas marchas de segundas-feiras.
Em Colônia, a iluminação exterior da catedral foi apagada. A prefeitura, outras igrejas, pontes e edifícios históricos também ficaram no escuro. A ação é parte de um movimento contrário ao Pegida, que sob o título de "Sem luz para o racismo" apela para que as luzes de edifícios sejam apagadas durante as marchas do movimento anti-islã. O Portão de Brandeburgo, cartão postal da capital Berlim, também aderiu, assim como a fábrica da Volkswagen, em Dresden.
Na capital alemã, a marcha foi convocada pela comunidade turca. "Estou há 42 anos na Alemanha", disse uma mulher vestindo um véu muçulmano. "Quero seguir a minha religião aqui como deveria ser." Já o ex-diretor do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, Stephan Kramer, disse que o medo de muçulmanos está "tomando proporções bizarras" e inclusive traçou paralelos com teorias da conspiração antissemitas.
Segundo dados de agências alemãs de notícia e da imprensa local, mais de 30 mil pessoas foram às ruas participar das marchas silenciosas contra o Pegida. Em Berlim, a polícia contabilizou 5 mil manifestantes. Em Stuttgart, Münster e Hamburgo se juntaram outras 22 mil pessoas. Marburg teve 3 mil. Em todas estas cidades o movimento contrário mobilizou muito mais pessoas do que as diferentes cédulas do Pegida.
Inclusive em Colônia, Berlim e Munique, simpatizantes do Pegida abandonaram suas marchas após serem bloqueados pelas passeatas contrárias. O organizador do Kögida – como é chamado o movimento Pegida em Colônia – alegou falta de segurança como motivo pela desistência da marcha.
Pegida em Dresden reúne 18 mil
Apesar da presença praticamente insignificante nas principais cidades alemãs, o movimento Pegida somou novo recorde de participantes em Dresden. Segundo dados da polícia local, aproximadamente 18 mil pessoas marcharam pelo centro histórico da cidade. Além dos costumeiros cartazes contra a suposta "islamização" da Europa, os manifestantes também resolveram atacar a chanceler federal com uma faixa com a inscrição "Fora Merkel". O movimento contrário reuniu 5 mil manifestantes.
Os protestos contra a "islamização" começaram em Dresden, há doze semanas, e são realizados sempre às segundas-feiras. Chama a atenção que o estado da Saxônia, do qual Dresden é a capital, praticamente não tem muçulmanos. Eles representam 0,1% da população local, segundo o último censo. Quase todos os muçulmanos que vivem na Alemanha estão no lado ocidental.
Apesar de os membros do Pegida fazerem questão de ressaltar que não possuem relações com a extrema direita, o partido extremista NPD já declarou ter simpatia pelos protestos. O partido eurocético Alternativa para a Alemanha (AfD) afirmou entender os motivos dos manifestantes.
Em protesto contra a xenofobia, o nacionalismo e a intolerância religiosa, importantes empresas como a Volkswagen e monumentos religiosos e turísticos desligaram suas luzes. E, além disso, as manifestações contra o Pegida renderam os primeiros resultados: em algumas cidades, ramificações do movimento desistiram ou abandonaram suas marchas de segundas-feiras.
Em Colônia, a iluminação exterior da catedral foi apagada. A prefeitura, outras igrejas, pontes e edifícios históricos também ficaram no escuro. A ação é parte de um movimento contrário ao Pegida, que sob o título de "Sem luz para o racismo" apela para que as luzes de edifícios sejam apagadas durante as marchas do movimento anti-islã. O Portão de Brandeburgo, cartão postal da capital Berlim, também aderiu, assim como a fábrica da Volkswagen, em Dresden.
Na capital alemã, a marcha foi convocada pela comunidade turca. "Estou há 42 anos na Alemanha", disse uma mulher vestindo um véu muçulmano. "Quero seguir a minha religião aqui como deveria ser." Já o ex-diretor do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, Stephan Kramer, disse que o medo de muçulmanos está "tomando proporções bizarras" e inclusive traçou paralelos com teorias da conspiração antissemitas.
Segundo dados de agências alemãs de notícia e da imprensa local, mais de 30 mil pessoas foram às ruas participar das marchas silenciosas contra o Pegida. Em Berlim, a polícia contabilizou 5 mil manifestantes. Em Stuttgart, Münster e Hamburgo se juntaram outras 22 mil pessoas. Marburg teve 3 mil. Em todas estas cidades o movimento contrário mobilizou muito mais pessoas do que as diferentes cédulas do Pegida.
Inclusive em Colônia, Berlim e Munique, simpatizantes do Pegida abandonaram suas marchas após serem bloqueados pelas passeatas contrárias. O organizador do Kögida – como é chamado o movimento Pegida em Colônia – alegou falta de segurança como motivo pela desistência da marcha.
Pegida em Dresden reúne 18 mil
Apesar da presença praticamente insignificante nas principais cidades alemãs, o movimento Pegida somou novo recorde de participantes em Dresden. Segundo dados da polícia local, aproximadamente 18 mil pessoas marcharam pelo centro histórico da cidade. Além dos costumeiros cartazes contra a suposta "islamização" da Europa, os manifestantes também resolveram atacar a chanceler federal com uma faixa com a inscrição "Fora Merkel". O movimento contrário reuniu 5 mil manifestantes.
Os protestos contra a "islamização" começaram em Dresden, há doze semanas, e são realizados sempre às segundas-feiras. Chama a atenção que o estado da Saxônia, do qual Dresden é a capital, praticamente não tem muçulmanos. Eles representam 0,1% da população local, segundo o último censo. Quase todos os muçulmanos que vivem na Alemanha estão no lado ocidental.
Apesar de os membros do Pegida fazerem questão de ressaltar que não possuem relações com a extrema direita, o partido extremista NPD já declarou ter simpatia pelos protestos. O partido eurocético Alternativa para a Alemanha (AfD) afirmou entender os motivos dos manifestantes.
Fonte: Deutsche Welle