Segundo delegado, ação foi legítima. 'Ele tentou reagir', disse ele.
Polícia Federal afirma que integração com polícias vai continuar.
A operação conjunta das polícias federal, civil e militar que resultou na morte do traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, foi “legítima”, segundo o delegado de Polícia Federal Carlos Eduardo Antunes Thomé. Ele, que participou das investigações e também da operação no último sábado, afirma que não houve execução ao traficante Playboy, como alegou a família no enterro, realizado neste domingo. As informações são do RJTV.
“A ação foi totalmente legítima. Houve um cerco à casa onde ele estava, ele tentou fugir do local e tentou disparar contra uma equipe da Core, que o atingiu”, explicou o delegado, que classificou a operação como cirúrgica. “Foi feita a operação para capturar o Playboy e foi um sucesso. E vamos continuar essa integração entre as polícias”, garantiu ele.
Seis mil alunos da região ficaram sem aulas nesta segunda-feira (10), dois dias após a morte do traficante. Uma escola na rede estadual e nove escolas municiipais, três creches e cinco espaços de desenvolvimento infantil não abriram. O comércio, que ficou fechado durante todo o domingo, abriu normalmente.
Em um dos principais acessos do morro da Pedreira, a Avenida Pastor Martin Luther King, a reportagem do RJTV não encontrou carros da Polícia Militar. Desde domingo (9), 400 homens do Comando de Operações de Especiais da PM reforçam o patrulhamento na região.
Histórico
Playboy foi morto no sábado (8) durante uma operação das polícias Federal, Civil e Militar. Ele foi atingido por dois tiros de fuzil. A família disse que ele foi executado. A polícia informou que o traficante tinha uma pistola e reagiu à prisão. O criminoso ainda foi levado para o Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos.
Playboy foi morto no sábado (8) durante uma operação das polícias Federal, Civil e Militar. Ele foi atingido por dois tiros de fuzil. A família disse que ele foi executado. A polícia informou que o traficante tinha uma pistola e reagiu à prisão. O criminoso ainda foi levado para o Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos.
Ele foi enterrado no domingo (9), no Cemitério do Catumbi, no Centro, parentes e amigos acompanharam o cortejo. Playboy chefiava a principal quadrilha de roubo de cargas e veículos no estado.
Em abril, a quadrilha dele foi flagrada roubando um caminhão de eletrônicos -- carga avaliada em R$ 600 mil. Antes disso, ano passado, o bando roubou 193 motos apreendidas, que estavam dentro de um galpão. As motos foram devolvidas dias depois por ordem do traficante.
Celso Pinheiro Pimenta ganhou o apelido de Playboy porque foi criado em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, numa família de classe média. Ele tinha 33 anos. Era remanescente da quadrilha de outro criminoso criado na classe média, Pedro Machado Lomba Neto, o Pedro Dom.
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