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segunda-feira, 30 de maio de 2016

RIO DE JANEIRO: Dois suspeitos do caso de estupro coletivo são presos no Rio


  • Raí de Souza, de 22 anos, e Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20, suspeitos de participar do estupro coletivo de uma adolescente na Zona Oeste no Rio, foram presos pela Polícia Civil nesta segunda-feira (30). Raí se entregou à Polícia Civil , na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), no Centro do Rio, e Lucas foi preso na Rua Santa Luzia, também no Centro.

    De acordo com o novo advogado de Raí, Alexandre Santana, o jovem não foi o autor do vídeo - como ele mesmo (Raí) havia afirmado anteriormante. Santana afirmou que as imagens teriam sido feitas com o celular de Raí por um homem chamado Jefferson, um traficante da região. "Ele se apresentou para mostrar que ele não tem nada a dever", afirmou o advogado.

    Já o advogado Eduardo Antunes, que representa Lucas Perdomo, questionou a legalidade da prisão de seu cliente ao chegar a Cidade da Polícia. Segundo ele, Lucas não tem relação com o caso.

    "Essa prisão não tem nenhuma legalidade e eu estou tomando as medidas cabíveis para fazer com que esse cerceamento da liberdade acabe", afirmou o advogado.

    O advogado repetiu a versão de que Lucas esteve com a adolescente na noite anterior, mas teria se relacionado com outra amiga, e depois se "retirou do local".

    O advogado alega, ainda, que tentou marcar uma entrevista coletiva para que o jovem pudesse dar a sua versão para o caso - foi quando Lucas foi preso. Antues disse que não concorda com a tipificação do crime cometido contra a menor. "O conceito jurídico de estupro tem ganhado uma elasticidade nos últimos tempos que eu acho indevida, particularmente", disse ele.

    Os dois, Lucas e Raí, foram levados nesta segunda para a Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte. Sobre o crime, a dupla foi ouvida na noite da última sexta-feira (27), quando Raí assumiu ser responsável pela divulgação, na internet, das imagens da adolescente. Até então, ele não estava entre os suspeitos identificados pela polícia como envolvidos no caso.

    À época, o delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), Alessandro Thiers, afirmou que "a versão dele aponta que ele [Raí] filmou e que quando ele comenta que 'trinta passaram aqui' que estava fazendo referência a um funk".

    Na última sexta, Raí e Lucas foram à Cidade da Polícia. Segundo o depoimento da adolescente, Lucas seria namorado dela e ele seria o jovem com ela teria saído com na noite anterior ao estupro. O delegado disse que Lucas, que é jogador de futebol, negou namorar a garota e Raí foi quem assumiu ter tido relações sexuais com ela.

    Jovem chegou acenando na Cidade da Polícia

    No dia que prestou depoimento, Raí chegou à DRCI acenando para fotógrafos e cinegrafistas e, ironizando a "fama" do amigo Lucas, não quis falar com a imprensa. O advogado dele, Claúdio Lúcio, confirmou que ele admitiu ser autor das imagens, mas negou que tenha ocorrido estupro.

    "Ele falou que, tá lá no depoimento dele, que ele realmente tinha filmado, que ele tava falando que 'é dos 30', tentando se vangloriar, mas que realmente não foi ele, que não houve estupro, houve um ato sim, permitido pela suposta vítima", disse o advogado.

    O advogado que representa Lucas, Eduardo Antunes, também negou que tenha ocorrido estupro. Questionado sobre a citação no vídeo divulgado com as imagens da vítima nua e desacordada de que 30 homens teriam praticado ato sexual com ela, ele também disse se tratar de uma menção a uma música conhecida na comunidade onde o caso ocorreu.

    "A questão dos 30 foi que existe um rap conhecido na comunidade que exalta um dos personagens lá do local dizendo que ‘o fulano é o cara, engravidou mais de 30’. Foi isso que me foi passado, eu não conheço o teor da música", disse Eduardo.

    Além de Raí e Lucas, o delegado Alessandro Thiers ouviu, na sexta-feira, uma adolescente que disse ter se relacionado sexualmente com Lucas na mesma noite e no mesmo local onde a adolescente e Raí mantiveram relações sexuais.

    O imóvel, que segundo o delegado é denominado como "abatedouro" [lugar usado para sexo], localizado na comunidade do Morro do Barão, na Zona Oeste do Rio, foi periciado após operação policial na tarde desta sexta.
    Fonte: G1 Rio de Janeiro

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