Maioria dos sepultamentos ocorreu nesta sexta (25). Um enterro está marcado para o sábado (26).
Várias vítimas do acidente com a lancha Cavalo Marinho I, ocorrida na última quinta-feira (24), em Salvador, que deixou ao menos 18 mortos, foram enterradas nesta sexta-feira (25), em Salvador, Vera Cruz, Itaparica e cidades próximas.
O menino Darlan Queiroz Reis Julião, de dois anos, foi enterrado por volta das 9h desta sexta-feira, no Cemitério de Conceição, em Vera Cruz.
Darlan viajava com a mãe e a avó quando ocorreu o acidente. Todos os três morreram na tragédia. A mãe dele foi identificada como Dulciana dos Santos Queiroz, de 38 anos, e Dulcelina Machado dos Santos, de 58 anos.
Por volta das 10h desta sexta, o bebê Davi Gabriel Monteiro Coutinho, de seis meses, foi enterrado no Cemitério de Mar Grande, em Vera Cruz. O sepultamento da criança foi marcado por forte comoção. Imagens de Davi sendo reanimado dentro de uma lancha por um socorrista do Samu e, em seguida, levado às pressas para uma ambulância marcaram quem presenciou a tentativa de reanimar o menino.
Também às 10h desta sexta, Sandra C. Lima dos Santos, de 40 anos, foi enterrada no Cemitério de Tairuy, em Vera Cruz.
O agente penitenciário Thiago Henrique de Melo Barreto, de 35 anos, foi sepultado às 11h desta sexta, no Cemitério Campo Santo, em Salvador.
Antônio De Jesus Santos, de 67 Anos, também foi sepultado às 11h desta sexta, no cemitério da Ordem Terceira De São Francisco, localizado no bairro da Baixa de Quintas, em Salvador.
A jovem Laís Pita Trindade, 20 anos, foi sepultada no Cemitério Central de Itaparica, às 11h30 desta sexta-feira. Ela era estudante do curso de enfermagem.
Rita do Santos, de 54 Anos, pensionista do Exército, foi enterrada às 14h, no Cemitério de Itaparica. Segundo familiares, Rita estava indo com a filha, Marta, para Salvador, para trocar uma roupa. A filha conseguiu sobreviver. Um sobrinha da mulher, que não quis se identificar, disse que foi Rita quem salvou a vida da filha. "Quando a água entrou no barco, minha tia começou a empurrar ela para que conseguisse sair do barco, e alguém puxou Marta pelo cabelo e tirou ela do barco", contou.
Taís Medeiros Ramos de Sales, de 32 Anos, foi enterrada por volta das 14h desta sexta, no Cemitério Jardim Da Saudade, em Salvador. Taís estava com o filho de dois anos, Lucas Medeiros Leão, quando ocorreu o acidente. Os dois morreram. Lucas foi sepultado no mesmo momento em que a mãe.
Por volta das 15h desta sexta, Isnaildes de Oliveira Lima, de 48 Anos, foi sepultada no Cemitério de Nazaré das Farinhas, cidade que fica a cerca de 50 quilômetros da Ilha de Itaparica.
Rosemeire Novais Carneiro Da Costa, de 49 Anos, foi enterrada às 15h15 desta sexta, no cemitério Bosque da Paz.
Por volta das 15h30, a idosa Ivanilde Gomes da Silva, de 70 Anos, foi sepultada no Cemitério de Mar Grande, em Vera Cruz.
Alessandra Bonfim dos Santos, de 36 anos, foi enterrada por volta das 16h desta sexta, no cemitério de Mar Grande, em Vera Cruz.
Também às 16h, foi sepultada Edileuza Reis Da Conceição, de 53 anos, 53 Anos), no Cemitério de Itaparica.
Neste sábado, está programado para ser realizado o sepultamento de Edilene Oliveira dos Santos, 43 anos. O corpo está sendo velado no Salão de Centro De Capoeira, no bairro Campo Formoso, em Itaparica. A família está aguardando a chegada de um filho de Edilene, que mora na Suíça, para realizar o sepultamento.
Os corpos de outras três vítimas do acidente foram liberados pelo Instituto Médico Legal de Santo Antônio de Jesus, mas as famílias não informaram onde serão sepultados. São eles: Dulciana dos Santos Queiroz (38 Anos), Dulcelina Machado Dos Santos (59 Anos) e Lindinalva Moreira Da Silva (50 Anos).
Tragédia
O acidente aconteceu por volta das 6h30 dequinta. Conforme sobreviventes e autoridades, a lancha virou cerca de 10 minutos após deixar terminal. A embarcação estava na Baía de Todos-os-Santos, a 200 metros da costa, quando virou. A maré estava alta, chovia e o mar estava agitado. A embarcação saiu do terminal de Mar Grande, em Vera Cruz, município localizado na Ilha de Itaparica, e tinha Salvador como destino. A viagem dura aproximadamente 45 minutos.
O mau tempo e a desestabilização podem ter sido fatores determinantes para que a lancha virasse. A maré estava alta e o mar estava bem agitado no momento da tragédia. De acordo com a Capitania dos Portos, as causas, circunstâncias e responsbilidades do acidente já começaram a ser apuradas.
Também chovia e ventava bastante quando a embarcação virou. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a velocidade do vento, que normalmente é de 7 km/h, era de cerca de 31km/h no local e dia do acidente.
Conforme relato de sobreviventes, por causa da chuva forte e do vento, os passageiros da lancha passaram para um lado só da embarcação, o que teria provocado a desestabilização da lancha, que virou após ser atingida por uma onda. A Marinha informou que vai ouvir os sobreviventes durante as investigações para apurar se isso provocou o acidente.