Um sócio confirmou que o empresário Márcio Bissoli, de 50 anos, estava no helicóptero que caiu em Espírito Santo do Dourado (MG) na noite deste sábado (16). Além dele, o piloto Luiz Gustavo Araújo Soares estava na aeronave no momento da queda. Eles haviam saído de Nova Lima (MG) com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o piloto relatou problemas mecânicos antes da queda. O Seripa investiga as causas do acidente.
O empresário Alexandre Penido contou que o sócio era uma pessoa saudável e que procurava se cuidar. "Ele tinha 50 anos, era uma pessoa muito saudável, tinha uma saúde de cara de 30 anos. Cuidava muito da saúde, atleta".
Os dois eram sócios em uma outra empresa, chamada MPA Empreendimentos Imobiliários, que atualmente desenvolve o projeto de um condomínio de luxo em Capitólio (MG). Segundo Penido, Bisolli era um "homem de visão".
"Um cara muito visionário, estrategista. Era um excelente sócio que eu tinha", conta. "E, assim, ele tinha essa habilidade de saber conjugar tanto a parte profissional quanto a pessoal. Então ele sabia, de fato, aproveitar também as conquistas, era uma pessoa que não vivia só para o trabalho".
Além de ser sócio na empresa MPA, Bissoli era sócio e atuava também na empresa Bauminas, que operava o helicóptero. Representantes da empresa também estiveram no local do acidente, mas preferiram não dar entrevistas.
Até o fim da tarde deste domingo (17), no entanto, os tripulantes não haviam sido localizados ou retirados dos destroços da aeronave, uma vez que equipes que os trabalhos no helicóptero só poderiam ser realizados após a chegada do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III).
A equipe do Seripa chegou ao local por volta das 17h30, mas logo teve que interromper o trabalho por causa da chegada da noite. As investigações serão retomadas na manhã desta segunda-feira (18).
A queda
A aeronave decolou de um heliponto de Nova Lima (MG) com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP). Apesar do plano de voo indicar que quatro pessoas fariam o trajeto, apenas eles embarcaram no helicóptero. A informação foi confirmada aos militares por amigos e familiares dos dois. A queda aconteceu aproximadamente às 18h45 em uma área de difícil acesso próxima à rodovia MG-179, na zona rural de Espírito Santo do Dourado.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto chegou a fazer contato com o centro de controle avisando que estava com problemas mecânicos e dificuldades para pousar. Além disso, os militares foram acionados pela Central de Controle de Voo de Brasília, que informou ter perdido contato com o helicóptero momentos depois do piloto relatar os problemas.
Durante este domingo, bombeiros e polícias militares fizeram uma vistoria na região em busca de outras partes da aeronave, mas não encontraram nada. A perícia da Polícia Civil também esteve no local.
O helicóptero
A aeronave, identificada como sendo do modelo Agusta A109S, tinha autorização para voos noturnos. A queda aconteceu aproximadamente às 18h45 em uma área de difícil acesso próxima à rodovia MG-179, na zona rural de Espírito Santo do Dourado.
O helicóptero era operado pelo grupo Bauminas, mas ainda aparece como pertencente ao Banco Bradeco, porque havia sido comprado recentemente.