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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

O que uma criança de dez anos está fazendo no Mundial de Kazan?

  • Dez anos de idade. Época de brincadeiras, fortalecimento das amizades e convívio praticamente que diário com mudanças no corpo. Pode-se dizer que essas situações são unânimes para crianças, mas, para uma em especial, outra coisa é mais importante: disputar o Mundial de Esportes Aquáticos em Kazan, na Rússia. Sim, a competição contará com uma menina de dez anos.

    Trata-se de Alzain Tareq. Nascida em 2005 no Bahrein, a menina alcançou os índices necessários para figurar entre os melhores nadadores do mundo e fará história como a participante mais jovem da história dos esportes aquáticos já nesta sexta-feira, quando disputará a primeira bateria eliminatória para os 50m borboleta - ela também competirá nos 50m livre, no sábado.

    Diante de uma situação curiosa, ficam as perguntas: afinal, o que uma criança de dez anos está fazendo no Mundial de Kazan? Ela não seria muito jovem para aprender realmente neste nível? As respostas estão na própria família, que incentivou o início dela na natação com apenas quatro anos.

    A tradição está no sangue. O pai foi campeão no Oriente Médio, enquanto tios e uma tia exercem a função de treinadores no país. Alzain Tareq trata a natação ainda sem o profissionalismo exigido por um campeonato Mundial, mas mostra uma atenção exemplar ao esporte para alguém com a idade que tem.

    "Alzain é uma nadadora bem dedicada. Ela está lidando muito bem com isso [o fato de participar de um Mundial] e está bem na escola - ela diz que adoraria se tornar piloto de avião no futuro. Alzain também tem um diário em que ela escreve todos os dias o que ela aprendeu da competição", relatou o pai e grande incentivador da menina, Tareq Salem, em entrevista ao ESPN.com.br.

    Segundo ele, a menina de apenas dez anos possui uma rotina na qual a natação ocupa parte importante. A atleta do Bahrein nada durante duas horas (entre 15h e 17h) diariamente, e alterna treinos pela manhã - duas a três vezes por semana entre 5h e 6h30.

    A tradição familiar talvez surja como a maior pressão sobre a garota-prodígio. Tanto que a competitividade interna chega até a incomodar o ego da atleta mais jovem do Mundial de Kazan. "A irmã de Alzain tem sete anos e também é nadadora. Alguns treinadores acreditam que ela será melhor que Alzain; e ela não gosta de ouvir isso", brincou Salem.

    A menina de apenas dez anos faz parte de um projeto ousado da natação do país localizado no Oriente Médio. A federação local de natação criou uma equipe de jovens há três anos com o objetivo de tornar o mais precoce possível o desenvolvimento da modalidade no país. Atualmente 16 meninas com até 12 anos fazem parte da equipe.

    A Associação de Natação do Bahrein, inclusive, tem grandes esperanças que Alzain irá alcançar o alto nível em oito anos. Por enquanto, as metas são mais modestas: melhorar seus recordes pessoais 36s81 no 50m livre e 41s45 no 50m borboleta e superar adversárias adultas nas eliminatórias.

    "Esperamos que ela consiga vencer três ou quatro meninas em suas provas, especialmente nos 50m livre. Também queremos dar a ela uma grande experiência de vida em participar de uma competição de alto nível com as melhores do mundo, além de prepará-la física e mentalmente para o futuro", afirmou Salem.

    A participação da menina também tem um motivo especial. Além da estreia, da precocidade, Alzain nada na competição em homenagem ao seu antigo treinador, Khalifa Ali, que morreu há seis meses. "Neste período, ela treinou com o técnico principal da seleção masculina do Bahrein, Aliaksander Karpaliou. Alzain está dedicando sua participação no Mundial a Khalifa Ali", explicou o pai, que a acompanha na Rússia.

    Dificilmente Alzain superará as eliminatórias. Entretanto, somente ao entrar na água, a garotinha deixará o seu nome no hall de ícones do Mundial de Esportes Aquáticos. No final das contas, não há pressão, não há cobrança. Ela só quer se divertir.
    © ESPN

    quinta-feira, 23 de julho de 2015

    Pan-americano gera otimismo para as Olimpíadas de 2016 no Rio

  • O esforço olímpico do Governo brasileiro para melhorar o rendimento de seus esportistas com vistas às Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 parece estar dando frutos. Nos Jogos Pan-americanos de Toronto, o principal evento esportivo antes dos Jogos no Brasil, o país ocupa até agora o terceiro lugar no quadro de medalhas, um acima de sua posição no placar histórico do campeonato, e demonstrou um claro avanço em algumas modalidades nas quais não tinha tradição alguma (por exemplo, badminton, luta olímpica, levantamento de peso e canoagem). O nadador Thiago Pereira, Mister Pan, tornou-se ainda o maior medalhista da história do torneio, com 23 em 4 participações.

    Os Jogos Pan-americanos e Parapan-americanos deram classificação a atletas em mais de 15 categorias desportivas para os Jogos do Rio. Depois dos primeiros dias de competição, o ministro dos Esportes brasileiro, George Hilton, admitiu estar “muito otimista” em relação às Olimpíadas, nas quais o país anfitrião se impôs a meta de estar entre 10 primeiros lugares no quadro de medalhas. “Temos um plano ambiciosos de treinamento”, afirmou o ministro; “estamos investindo muito […] Quanto maior investimento, melhores resultados desportivos”.

    A delegação brasileira é a maior que já competiu no exterior (590 esportistas), só superada pelos 660 que representaram o país na edição de 2007, ocorrida no Rio de Janeiro. O terceiro lugar ocupado até o momento era o objetivo explícito do Comitê Olímpico Brasileiro, que subsidia 70% dos desportistas da lista verde-amarela.
    Os principais motivos de comemoração para as autoridades desportivas são as três medalhas no badminton, as 14 em canoagem e a atuação de Fernando Reis, campeão na modalidade de levantamento de peso de mais de 105 quilos. Os esportistas brasileiros ocuparam, além disso, um dos degraus do pódio em todas as provas de longa distância do atletismo, e seus ginastas conseguiram o ouro em rítmica, à frente dos Estados Unidos. A avassaladora estreia da seleção masculina de basquete prenuncia outras alegrias.

    Mas foi sobretudo na piscina, capitaneado por Thiago Pereira, que o Brasil demonstrou sua face mais ambiciosa: com 10 ouros, foi o segundo depois dos Estados Unidos e ainda levou Pereira à glória. Só atrás dos Estados Unidos e do Canadá no quadro de medalhas global, com uma vantagem cômoda à frente da Colômbia e de Cuba, o Brasil terminará os Pan-americanos com a autoestima em alta, um ano antes do evento esportivo mais importante de sua história.
    Fonte: El País

    segunda-feira, 20 de julho de 2015

    Desapoiada pela mãe, Iris Sing dedica medalha de bronze ao treinador

  • Iris Sing conquistou a medalha de bronze na categoria até 49kg do Taekwondo nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Após perder para a cubana Yania Aguirre por 6 a 5 na semifinal, a brasileira disputou o terceiro lugar com a canadense Yvette Yong, venceu por 8 a 6 e faturou o bronze. Sem nunca ter recebido apoio da mãe na carreira esportiva, a atleta exaltou os sacrifícios no caminho até o pódio.

    "Essa medalha foi conquistada com muito suor, sacrifício e lágrimas, e mostra que da cidade de Itaboraí (RJ), de onde eu vim, pode sair ainda muito mais talentos, mesmo sendo um lugar pequeno", disse Iris. "Marli, minha mãe, queria que eu trabalhasse em supermercado. Ela nunca me apoiou. Tenho certeza de que ela nem assistiu à luta. Mas agora vou lá na casa dela mostrar minha medalha."

    A falta de suporte fez Iris sair de casa aos 18 anos. Primeiro ela foi acolhida por uma amiga, mas hoje em dia mora com a família de seu técnico, Diego Guimarães, responsável por montar uma estrutura na casa dedicada exclusivamente à preparação da atleta.

    "Essa medalha eu dedico a ele, que construiu uma academia no seu quintal para que eu pudesse treinar. Enquanto a minha mãe insistia para eu deixar o esporte, o Diego me incentivava o tempo todo. O esporte mudou a minha vida, eu poderia ter seguido um outro caminho e me envolvido em coisas erradas", completou.

    A campeã da categoria de Iris foi sua algoz Yania, que bateu a mexicana Itzel Manjarrez na final.
    Fonte: © Gazeta Esportiva

    domingo, 19 de julho de 2015

    Yane Marques confirma favoritismo e é campeã no pentatlo moderno


  • Não deu outra. Yane Marques conquistou, na noite deste sábado, o bicampeonato do pentatlo moderno nos Jogos Pan-Americanos. Em Toronto, no Canadá, a pernambucana venceu nas categorias esgrima, natação de 200m livre e bônus esgrima, sacramentando a 25ª medalha de ouro do Brasil no evento.
    Na primeira competição, Marques conquistou 18 vitórias e perdeu apenas três vezes na esgrima, somando 277 pontos e terminando na liderança. Na sequência, Yane foi a primeira a completar os 200m livre da natação, com o tempo de 2min12s18, angariando para sua pontuação mais 304 unidades.
    No bônus da esgrima, a pentatleta conseguiu mais dois triunfos e terminou com o primeiro lugar, levando mais 279 pontos para a conta. No hipismo, Marques obteve 14 penalizações e fechou a prova na décima posição, com 286 tentos.
    Por fim, no combinado, a atleta de 31 anos fez o tiro em 65s38 e a corrida em 12min35s98, totalizando 13min41s36, na nona colocação. Com mais 479 pontos, Yane confirmou a medalha de ouro, sua segunda em Jogos Pan-Americanos, já que havia sido a primeira colocada no Rio 2007.
    Fonte: Gazeta Esportiva

    Brasileira Angélica Kvieczynski conquista bronze na ginástica rítmica





  • Um dia depois de deixar escapar a medalha no individual geral, Angélica Kvieczynski conquistou seu primeiro pódio nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015. Neste domingo, ela ficou com o bronze na prova do arco da ginástica rítmica desportiva, ao anotar 15.358 pontos na final.
    O ouro foi da norte-americana Laura Zeng, com 16.833, seguida por sua compatriota Jasmine Kerber, com 16.300.

    SIGA O PAN EM TEMPO REAL NO ESPN.COM.BR

    No sábado, Angélica Kvieczynski ficou com a quarta colocação na final do individual geral da ginastica rítmica desportiva em Toronto. Ela perdeu a medalha de bronze porque pediu revisão de nota de uma de suas apresentações, esperando melhorá-la, mas os juízes acabaram a rebaixando.
    Kvieczynski ficou com a terceira colocação na final do arco, logo à frente da também brasileira Natalia Gaudio, quarta com 14.975. Mais tarde, na bola, a brasileira terminou no 6º lugar.

    Em Guadalajara-2011, ela foi bronze no individual geral, no arco, na bola e prata nas maças

    Equipe brasileira conquista segundo ouro na ginástica rítmica

  • Após Angelica Kvieczynski ter conquistado o bronze no arco, o sexteto brasileiro da ginástica rítmica conquistou a segunda medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, agora na fita.

    As brasileiras fizeram duas grandes apresentações e conquistaram 15.000 pontos, que as colocaram bem longe das concorrentes. Com a prata, ficaram as americanas, com 13.283. As canadenses, com o bronze, somaram 12.817 pontos.
    A equipe brasileira já havia conquistado o ouro por grupo em diferentes aparelhos. No individual, Angelica Kvieczynski conseguiu o bronze no arco, mas na bola, Angelica acabou na sétima posição.

    sábado, 18 de julho de 2015

    Brasil empolga público e leva o ouro por equipes na ginástica rítmica

  • A equipe brasileira de ginástica rítmica desportiva conquistou a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015. O time nacional empolgou o público em sua apresentação neste sábado no Coliseu de Toronto e garantiu o lugar mais alto do pódio ao somar 30.233 pontos.


    O Brasil, campeão também em Guadalajara 2011, abriu o sábado como favorito ao ouro, já que liderava a classificação geral após o primeiro dia de disputas, em que somou 14.800 pontos com a fita. Na apresentação de arco e maças, o time foi novamente o melhor e aumentou sua vantagem para os concorrentes.
    A medalha de prata na prova por equipes na ginástica rítmica desportiva ficou com os Estados Unidos com 29.275 pontos. O bronze foi de Cuba, com 25.692.
    Também neste sábado, as atletas brasileiras não conseguiram subir ao pódio na prova individual geral. Angélica Kvieczynski ficou com a quarta colocação, com 60.175 pontos, e Natalia Gaudio encerrou a competição no oitavo posto, com 55.916. As duas tiveram notas reduzidas após pedirem revisão dos juízes.
    "Agora bate um arrependimento, mas é uma coisa que acontece na ginástica. Fica como um aprendizado", disse Angélica, que teria ficado com o bronze se não tivesse pedido revisão da nota. Em Guadalajara 2011, ela foi a terceira colocada do individual geral.
    "Tive falhas nas maças, uma série muito difícil que eu faço. Estava um pouco nervosa. Vim aqui atrás da medalha e infelizmente não veio. Mas eu sabia que seria difícil. O nível da competição está muito alto", completou.

    A medalha de ouro da prova foi da norte-americana Laura Zeng, que somou 64.575 pontos nas quatro apresentações deste sábado. A prata ficou com sua compatriota Jasmine Kerber, com 62.200. A canadense Patricia Bezzoubenko garantiu a festa da torcida local, ao somar 60.339 e conquistar a medalha de bronze.
    Fonte: espn.com

    sexta-feira, 17 de julho de 2015

    Etiene Medeiros vence os 100m costas e é a primeira brasileira campeã do Pan na natação

  • Histórico. Etiene Medeiros venceu os 100m costas com 59s61, novo recorde pan-americano, nesta sexta-feira, e ficou com a medalha de ouro no Pan de Toronto. Ela se tornou a primeira nadadora do Brasil a vencer uma prova da natação em uma disputa de Jogos Pan-Americanos.

    A prata ficou com a norte-americana Olivia Smoliga, enquanto Clara Smiddy, também dos EUA, levou o bronze.
    "Estava dentro de mim isso. Aos poucos, fiquei acreditando que seria possível, uma prova que eu estou batalhando muito. sempre fui preguiçosa nos 100, mas ganhei confiança com meu técnico", disse, em entrevista ao "SporTV".

    O tempo de Etiene foi o sexto melhor da prova em 2015. Ela, além disso, já havia se tornado a primeira brasileira a ganhar o ouro em um mundial de piscina curta ao vencer os 50m costas em Doha, em 2014.

    Guido leva a prata

    Na prova masculina dos 100m costas, o brasileiro Guilherme Guido levou a prata ao marcar o tempo 53s35. O ouro acabou com o norte-americano Nicholas Thoman, com 53s20, enquanto Eugene Godsoe, também dos EUA, levou o bronze com 53s96.

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